Novos escritores em Sapé

"Meus pais se conheceram em uma venda. Aí eles se gostaram e começaram a namorar, alguns meses se passaram e resolveram se casar...

"Nasci no dia 21 de dezembro de 2004 na maternidade de Santa Rita. Segunda filha mulher de Valéria e André. Quando nasci todos ficaram felizes...

Os relatos acima são trechos de auto-biografias escritas pelos estudantes Renildo Brito de Melo, do 3º ano da Escola Municipal Neirivan Alexandre, e Lara Maria Pereira de Brito, que cursa o Pré Escolar I no mesmo colégio. Eles participaram da segunda edição do "Despertar para a Leitura", realizado pela Associação Comunitária Nova Vida (ACNV), que promoveu ontem a II Noite de Autógrafos das crianças, adolescentes e adultos que integram o projeto. O evento, que lotou a Athena Recepções, em Sapé, contou com apresentações do grupo de percussão Saperê e do grupo de dança, ambos da ACNV.

A mesa de autógrafos atraiu crianças e adultos

De acordo com Jailton Ferreira, coordenador de setor do Petir na ACNV, a idéia do projeto surgiu das próprias deficiências dos alunos no tocante à leitura. A partir de motes como "A história da minha vida" ou "Minha Vida Escolar", os estudantes foram levados a refletir e escrever sobre a história de seus pais, seu nascimento, suas experiências escolares, religiosas e comunitárias. Jailton destaca ainda o apoio fundamental dos professores das escolas parceiras, cujo empenho foi essencial para a realização do projeto.

Os textos são escritos a mão pelos alunos e ilustrados
por fotos fornecidas pelas famílias ou desenhos feitos pelas crianças.

Participaram também do projeto estudantes do projeto Educação para Jovens e Adultos (EJA). A mesa do evento foi formada por crianças, adolescentes e familiares, representantes do Petir, da Pastoral do Menor, da Secretaria de Educação e Promoção Social de Sapé, e da ACNV.

Em breve, mais fotos do evento!

CPI do Trabalho Infantil

Em entrevista à assessoria do Petir, a secretaria executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Maria de Oliveira, disse na semana passada que o requerimento sobre a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. A expectativa agora é que o plenário da Câmara aprove a propositura, mas Isa acredita que isso só acontecerá em 2010, já que o Congresso entrará em recesso no final do ano.

"O nosso desafio é conseguir que a CPI seja instalada ainda na atual legislatura, ou seja, até o final de 2010. Quem sabe não sai até o dia 12 de junho -Dia Internacional e Nacional do Trabalho Infantil. Quem sabe a Câmara não nos dá essa resposta", disse a secretária executiva do FNPETI.

Isa esteve em João Pessoa, na semana passada, quando participou II Seminário de Direitos Humanos relativos à criança e ao adolescente. Ela elogiou a iniciativa, a qual classificou como "uma forma importante de articulação e mobilização para que se tomem decisões por consenso, que são propostas naturalmente mais fortes". A secretaria do FNPETI lembrou ainda que a Paraíba está em situação melhor que a de outros Estados nordestinos, mas ainda é a 17ª no ranking nacional do Trabalho Infantil.
que apresentado pelo

II Noite de Autógrafos da ACNV

A Associação Comunitária Nova Vida (ACNV), parceira na realização do Petir, promoverá amanhã a II Noite de Autógrafos das crianças e adolescentes participantes do projeto "Despertar para a Leitura". O evento será realizado às 20h, no Athenas Recepções, ao lado da Igreja Matriz de Sapé. O projeto é desenvolvido juntamente com escolas municipais, parceiras da ACNV.

Programação

19h30 - Recepção das crianças, familiares, professores e convidados
20h00 – Abertura oficial – Hino Nacional – Banda Saperê
20h10 – Apresentação do projeto
20h20 – Apresentação das Escolas participantes e autoridades
20h30 – Exposição dos livros feita pelos representantes das escolas – crianças, adolescentes e adultos / família.
20h50 – Apresentação Cultural das escolas
21h00 – Momento das autoridades 21h20 – Representação dos professores (importância da leitura para os alunos)
21h25 – Momento dos escritores Sapeenses
21h30 – Encerramento (Escola Orlando Soares)

II Seminário dos Direitos da Criança

Conhecer a história da luta pelos direitos da criança e do adolescente é fundamental para que se avance no combate ao trabalho infantil. Foi o que demonstrou a palestra da coordenadora geral de Direitos Humanos da SECAD/MEC, Rosiléa Maria Roldi, realizada na abertura do II Seminário de Direitos Humanos relativos à criança e ao adolescente, realizado nos últimos dias 04 e 05. A coordenadora do Petir, Rose Veloso, representando o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (CEDCA) e o adolescente Luís Clayton, da Casa Pequeno Davi, integraram a mesa de abertura do evento.

Mesa do evento

De acordo com Rosiléa Roldi, embora o trabalho infantil seja uma prática antiquíssima, a luta contra este problema existe há apenas 90 anos em todo o mundo, já que o primeiro documento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata do assunto é de 1919.
Na história do Brasil, há registros do trabalho infantil desde o 'descobrimento'. Cerca de 10% da população da frota de Pedro Álvares Cabral eram crianças. Nos anos seguintes este índice chegou a 18%. As cartas do 'descobrimento' mostram que estas crianças além de trabalhar nas embarcações, tinham seus direitos totalmente desrespeitados. Os jesuítas vigiavam as meninas para que não sofressem abusos, mas os meninos eram abusados", contou Rosiléa.

Rosiléa Roldi

Considerando todo o histórico de sofrimento das crianças e adolescentes no país, que tem a maior população infantil das Américas, a representante do MEC destacou a importância de se comemorar e refletir sobre os avanços trazidos em 50 anos da Declaração dos Direitos da Criança e os 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança
Ela lembrou ainda que além do trabalho infantil, é preciso combater também outros problemas que estão na ordem do dia como a erotização da criança, o apelo do consumismo a este público e o hábito de bater nas crianças como punição.
A mesa do evento contou também com a participação de representantes da Fundac, da Prefeitura de João Pessoa, do Ministério Público e Ministério Público do Trabalho, da UFPB e do FNPETI. O seminário foi promovido pelo FEPETI.

Luís Clayton e Antônio Carlos

Coordenação do Petir

Seminário discute Direitos da Criança e Adolescente

Começa amanhã o II Seminário de Direitos Humanos relativos à criança e ao adolescente, que acontecerá no auditório do Shopping Sebrae, no Bairro dos Estados. O evento tem como objetivo comemorar e refletir sobre os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) e os 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança - marcos históricos na luta pelo reconhecimento dos direitos da criança e busca pelas suas garantias. Um público de 300 pessoas é esperado para o evento, entre integrantes de conselhos de direitos da criança e do adolescente, membros das Comissões Municipais do PETI, técnicos das secretarias de assistência social, educação e saúde, professores, estudantes universitários, crianças e adolescentes.

O seminário é promovido pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente (FEPETI/PB) e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), com apoio do Ministério Público do Trabalho 13ª Região, Superintendência do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE/PB), Universidade Federal da Paraíba/Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – UFPB/PRAC/Projeto Escola que Protege, Prefeitura Municipal de João Pessoa/Secretaria de Desenvolvimento Social, Tribunal de Justiça/Coordenadoria da Infância e Juventude, Casa Pequeno Davi, Centro de Apoio da Criança e do Adolescente - CENDAC e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.

Confira a programação:

03/12 Quinta-Feira

17h00
Credenciamento

19h00
Apresentação Cultural

19h30
Abertura do Evento e composição da Mesa

20h00
Conferência de Abertura: 50 anos da Declaração dos Direitos da Criança e 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança, importância como Marco Histórico, e a realidade brasileiraRosilea Maria Roldi Wille (Coordenadora Geral de Direitos Humanos/SECAD/MEC)Coordenadora: Lúcia de Fátima Guerra Ferreira (Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB)

21h30
Coquetel

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04/12 Sexta-feira

8h30
Apresentação Cultural

9h00
Mesa Redonda: Trabalho Infantil e Políticas PúblicasIsa de Oliveira – Secretaria-Executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho InfantilMaria de Fátima Pereira Alberto – Professora do Departamento de Psicologia/CCHLA/UFPBCoordenadora: Giucélia Araújo de Figueiredo – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano

10h00
Debate

10h20
Coffee break

10h40
Mesa Redonda: Piores Formas de Trabalho InfantilTrabalho Infantil Doméstico
Maria Edlene Lins Felizardo - Procuradora do Trabalho da PRT 13ª RegiãoExploração Sexual Eduardo Varandas Araruna - Procurador do Trabalho da PRT 13ª Região
Coordenador: Dimas Gomes da Silva – Vice-Coordenador do FEPETI/PB

11h40
Debate

12h00
Intervalo para almoço

14h00
Mesa-Redonda: O Poder Judiciário e o Ministério Público na efetivação dos direitos da Criança e do Adolescente
Fabiano Moura de Moura (Juiz da 2ª Vara da Infância e da Juventude)
Mirella Darc de Melo Cahú Arcoverde de Souza - Juíza do Trabalho Substituta da Vara do Trabalho de Guarabira
Soraya Escorel (Promotora da Infância e da Juventude de João Pessoa)
Coordenadora: Norma Gouveia – Tribunal de Justiça/Coordenadoria da Infância e Juventude

15h00
Debate

15h20
Mesa-Redonda: Sistema Normativo Brasileiro e a Proteção da Criança e do Adolescente
Deputado Federal Luiz Couto - Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal
Deputado Estadual Rodrigo Soares
Coordenadora: Maria Senharinha Soares Ramalho (Coordenadora do FEPETI/PB)

16h20
Debate

16h40
Encerramento

17h20
Coffee break

CPI sobre Trabalho Infantil no Brasil

O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) sugeriu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o trabalho infantil, na última terça-feira. A proposta foi apresentada na Câmara dos Deputados, durante seminário que homenageou os 15 anos do Fórum, retomando um debate proposto em 2005 pela deputada federal Sandra Rosado (PSB/RN).

Na época, a parlamentar apresentou um requerimento, pedindo a instauração de uma CPI para investigar a exploração do trabalho infantil no país, tendo em vista que a prática desrespeita as leis que protegem crianças e adolescentes. Entretanto, a propositura foi arquivada pela mesa diretora da Câmara dos Deputados, em 31 de janeiro de 2007.

Na última terça-feira, a secretária-executiva do FNPETI, Isa Maria de Oliveira, defendeu a implementação de medidas eficazes de apoio às famílias com crianças que trabalham e a instalação de uma CPI sobre o tema. De acordo com Isa, a redução do trabalho infantil (5 a 17 anos) entre 1992 e 2008 foi de 47,5%, o que representa quase 4,5 milhões de crianças.

"Oris de Oliveira, do Conselho Consultivo da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, afirmou que o grande desafio para o combate ao trabalho infantil é o modelo econômico concentrador de renda. Em sua avaliação, enquanto persistir a concentração de renda no País será impossível acabar com o problema, que “é fruto da pobreza".

Erradicação do Trabalho Infantil até 2020

O chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Henrique Lopes, disse que até 2015 o País pretende erradicar as formas mais graves de trabalho infantil, como atividades em lixões, nas ruas e com agrotóxicos. Já a previsão para erradicar todos os tipos de trabalho infantil é 2020, segundo ele.

Sobre o FNPETI

O Fórum foi instalado em 1994 com o objetivo de articular esforços e tomar medidas para eliminar a exploração do trabalho infantil e proteger o adolescente trabalhador. Ele coordena a Rede Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, que tem a participação de 26 estados, do Distrito Federal e de 52 entidades representativas do governo federal, de trabalhadores, de empregadores, de ONGs, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Com informações da Agência Câmara

Conferência Estadual de Educação

A Conferência Estadual da Educação está acontecendo em João Pessoa, desde ontem, no Espaço Cultural. Até amanhã, professores, gestores, estudantes, pais, sindicatos, movimentos sociais, conselhos de educação e outras entidade apresentarão, discutirão e aprovarão propostas da Paraíba a serem enviada para a comissão organizadora da Conferência Nacional da Educação (Conae), que acontecerá em Brasília de 28 de março a 1º de abril de 2010. Na oportunidade, a coordenadora de setor do Petir/PaMen, Socorro Belisário (à direita), que também está participando da Conferência Estadual, representará a Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, em Brasília.

Um destaque para a apresentação da Orquestra Soprânica da Escola Municipal Zumbi dos Palmares com 30 integrantes do bairro de Mangabeira

Fotos e informações: Socorro Belisário

Crianças e adolescentes da PaMen apresentam "Joana"

"Joana" abordou o Trabalho Infantil Doméstico

através da música e da dança

Crianças e adolescentes dos núcleos da Pastoral do Menor/Petir - Centro de Formação Frei Virgílio Panzy, Centro Bom José e CESAC - deram um show no último dia 29, no XVIII Festival de Teatro do Estudante, com a apresentação da peça "Joana". A apresentação do espetáculo, que aborda a temática do traoalho infantil doméstico, aconteceu no Teatro Lima Penante. Ao todo 37 crianças e adolescentes participaram da peça.

Por crianças...

para crianças.

Trabalho de cooperação e a questão de gênero

Crianças assistem a vídeo sobre Trabalho Infantil Doméstico

Qual a diferença entre o trabalho infantil e o de cooperação? Crianças e adolescentes da Escola Bezerra Cabral, de Várzea Nova, discutiram esta temática, em uma roda de conversa promovida pelo Petir/PaMen, no último dia 19. Antes do debate sobre o tema, a garotada assistiu ao vídeo sobre Trabalho Infantil Doméstico “Onde está a Rosinha?”. Mas, questionados sobre como cooperavam nos afazeres domésticos eles mostraram que, em casa, a divisão dos serviços obedece aos velhos critérios de gênero, ou seja, ainda valem as regras que definem “trabalho de menino” e “trabalho de menina”.

Conversa mostra que meninas continuam

sobrecarregadas na hora de ajudar em casa

De acordo com a coordenadora de setor do Petir/PaMen, Socorro Belisário, as meninas responderam que ajudam: “lavando minhas calcinhas, varrendo uma casa, lavando o banheiro, os pratos...”, enquanto os meninos disseram que cooperam: "varrendo o quintal, lavando o carro/moto junto com meu pai e também lavando a louça".

O fato de alguns meninos também lavarem louça gerou uma grande discussão de gênero, que beneficiou o grupo: "risadinhas apareceram, mas depois eles viram que no mundo de hoje não existe 'mulher faz isso' e 'homem faz aquilo'; um ajuda o outro no que pode", comentou Socorro.

Após o debate, algumas crianças e adolescentes pediram o filme emprestado para ver em cas. "Tiramos como encaminhamento entregar uma cópia para a educadora, que deverá monitorar o emprétimo e depois entregar para a diretora emprestar aos outros alunos e alunas da escola", finalizou.

*É considerado trabalho de cooperação aquele serviço leve, que não tira o tempo necessário à criança para brincar e estudar, cujo objetivo é apenas ajudar os pais. O ato de realizar pequenos trabalhos em casa é, inclusive, visto por psicólogos como positivo para a formação da criança. Já o trabalho infantil doméstico é aquele realizado por obrigação na casa de terceiros com ou sem remuneração.

CEPETI tem integrantes do Petir

A Comissão Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Cepeti) foi empossada hoje, em solenidade (foto à direita) realizada às 10h. Quatro integrantes da coordenação do Petir fazem parte da comissão.
São eles: Dimas Gomes (Casa Pequeno Davi) e Socorro Belisário (Pastoral do Menor), que estão representando o FEPETI na comissão; Cristina Chaves e Themis Gondim (ambas da Pastoral do Menor) que representam a Arquidiocese da Paraíba.

Como será o trabalho desenvolvido pela Comissão?

De acordo com Socorro Belisário, entre ações previstas está a fiscalização e o monitoramento das ações do PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) em cidades prioritárias como: Rio Tinto, Serra da Raiz Pitimbú, Taperoá, Juru, Ingá Juarez Távora, Monte Horebe, Sousa e Campina Grande. Além da ação do PETI, também será acompanhado o funcionamento do programa federal Bolsa Família.

As ações da comissão foram discutidas em uma reunião realizada no último dia 09.

Na ocasião, foi elaborado o calendário das próximas reuniões da comissão em 2009, que acontecerão nas seguintes datas: 27/10, 30/11, 22/12. Também já foram definidas as datas das viagens de fiscalização e monitoramento nos municípios.

"Precisamos mostrar para o público, as famílias que estão na área do Trabalho Infantil, colocando suas crianças para trabalhar como gente grande. O Trabalho Infantil não pode ser visto como estratégia pertinente de sobrevivência da família. Quem deve e pode sustentar a família com o seu esforço é o adulto. Criança significa escola, lazer, tem que passar o seu tempo em casa, não na rua trabalhando", afirmou Socorro Belisário.

Reunião no último dia 09

Informações e fotos de Socorro Belisário

Rodas de conversa nos núcleos da PaMen

Famílias dos núcleos de Várzea Nova e da Casa da Menina e do Menino Bayeux participaram de duas rodas de conversa cujo tema foi: "Trabalho Infantil:causa e consequências", nos últimos dias 16 e 17.
Durante os encontros houve exibição e debate sobre o vídeo "Você viu a Rosinha?", que aborda o trabalho infantil doméstico. As técnicas da Pastoral do Menor, Themis Gondim e Socorro Belisário, coordenaram os encontros. De acordo com Socorro Belisário, vários depoimentos das mães enriqueceram o debate nas rodas.
"Na vizinha, existe muitas Rosinhas. A mãe sai para trabalhar e as crianças de 12 anos, 10 e 8 anos cuidam da casa", relatou uma mãe. Socorro relatou ainda a história de uma mãe, que aos 13 anos foi trabalhar em uma casa e cuidar de três crianças, com a promessa de estudar.
"Ela só ia visitar a família uma vez por mês. Um dia não voltou mais. Outra disse que passou por muito sofrimento e não estava em condições de falar. Imaginamos quanto sofrimento esta mulher passou na infância. São vários depoimentos que a gente escuta nas rodas e alguns nos comovem muito", contou a coordenadora de setor do Petir.

Ao término do debate, as famílias foram orientadas

sobre a importância de denunciar as situações de trabalho infantil,

através dos órgãos competentes.

ACNV realiza eventos sobre Trabalho Infantil em Sapé

Crianças, adolescentes, familiares, educadores e gestores de três escolas municipais do município de Sapé participaram de eventos sobre o Trabalho Infantil, promovidos pela equipe do Petir/Associação Comunitária Nova Vida (ACNV), entre setembro e a primeira quinzena de outubro.

Além de palestra sobre a temática, houve exposição dos quadros e exibição do documentário "A que preço?", produzido pelo Petir em 2008.

De olho no documentário

Integrante do Petir participa de encontro do MEC

A coordenadora de setor do Petir/PaMen, Socorro Belisário, participou nos últimos dias 17 e 18, em Brasília, do Encontro Preparatório das Etapas Estaduais e Nacional das Conferências da Educação. Um dos objetivos do evento foi a apresentação de emendas com sugestões dos Estados para formular o Plano Nacional de Educação. O secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Francisco das Chagas, lembrou que um dos grandes problemas da Educação no país é a desarticulação.
“Precisamos chegar ao Congresso Nacional, em 2010, com o Plano Nacional de Educação, suas diretrizes e estratégias de ação, bem formulado”, conclamou ele, que é também coordenador da Conferência Nacional de Educação (Conae).
Para Socorro Belisário, o Encontro foi mais um momento de aprendizagem. “Conhecemos um pouco sobre a realidade das Conferências Intermunicipais, Municipais e Estaduais e trabalhamos em algumas emendas, refletindo sobre a realidade trazida pelos representantes de cada Estados”, contou.

"Joana" em cartaz no Lima Penante

Joana é uma garota de 12 anos, que trabalha como empregada doméstica na casa de sua madrinha e, por isso mesmo, vive sem ânimo para estudar. Ela é a heroína de uma história que não tem nada de fictícia e será representada por meninos e meninas da Pastoral do Menor, às 14h, no próximo dia 19, no Teatro Lima Penante. Brincadeiras populares e músicas ajudam as crianças e adolescentes a apresentar à Joana os seus direitos, além de mostrar à platéia as diversas formas de Trabalho Infantil.

O trabalho infantil doméstico envolve 51,6% do total de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil, conforme a PNAD 2008. Apenas 9,7% dos trabalhadores domésticos de 14 a 17 anos tem carteira de trabalho assinada.

De acordo com o produtor da peça, o educador Edivaldo Martins, a idéia surgiu da necessidade de debater de forma lúdica o tema Trabalho Infantil Doméstico. Ele que, há alguns anos, já atua como educador de um dos núcleos da Pastoral – o Centro de Formação Frei Virgílio Panzzy (CFFVP) -, hoje integra o PETIR, acompanhando também os núcleos de Mangabeira - Centro Educacional Santa Clara (CESAC) e Centro Comunitário Bom José (CBJ).
“As crianças estão participando com muita empolgação com esta peça, já que para algumas delas será a primeira vez que pisarão no palco e num Teatro”, destacou Edivaldo. O evento será promovido pelo PETIR/PaMen/PETI.
Serviço:

Espetáculo Infantil “Joana”
Data: 29/10/2009
Horário: 14h
Ingressos: R$ 2,00

Números do trabalho infantil superam os de habitantes de 220 cidades paraibanas

Na Paraíba, o trabalho infantil ainda atinge 101 mil pessoas com idades entre 05 e 17 anos, ou seja, 10,98% de um total de 920 mil crianças e adolescentes que vivem no Estado já trabalham. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, divulgada na semana passada pelo IBGE. Para se ter uma idéia do que representa o atual universo do trabalho infantil no Estado, basta lembrar que o número (101 mil) supera a população estimada de 220 municípios paraibanos - 98,6% do total, exceto João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita, que são as três cidades mais populosas do Estado.
Existem mais crianças e adolescentes trabalhando na Paraíba que o total de habitantes de cidades importantes do Estado como Patos (100.732 pessoas), Bayeux (96.198), Sousa (65.930), Cajazeiras (57.875) e Guarabira (56.136). Os números são da última estimativa populacional dos municípios brasileiros, publicada pelo IBGE em agosto deste ano.

Queda

Apesar de ainda ser alto, o número de crianças e adolescentes trabalhadores em 2008 caiu 6,48%, em relação ao ano anterior, quando havia 108 mil pessoas entre 05 e 17 anos nesta situação. A queda mais significativa foi registrada entre as meninas, que em 2007 eram 30 mil e no ano passado totalizaram 26 mil em todo o Estado, isto é, houve uma redução de 13,33%. As meninas correspondem a 25,74% do universo de crianças e adolescentes em situação de trabalho. Já o número de meninos trabalhadores caiu apenas 5,13%, passando de 78 mil para 74 mil e eles representam 73,27% do universo do trabalho infantil na Paraíba.
Também houve uma redução expressiva de 34,55% no número de crianças e adolescentes trabalhando na zona rural paraibana, que caiu de 55 mil para 36 mil. Isso significa que 35,64% das crianças e adolescentes que trabalham estão no campo, enquanto a maioria (64,36%) é da zona urbana.

Perfil da criança que trabalha na Paraíba:

Meninos, negros ou pardos, de famílias pobres, que trabalham nas cidades.

Encontro reúne famílias e técnicos da Pamen

Promover o intercâmbio entre a equipe da Pastoral do Menor e os familiares das crianças e adolescentes atendidas nos núcleos. Este foi o objetivo de um encontro realizado, no último dia 11 de setembro, no Centro Comunitário Bom José. Participaram familiares, coordenadores e técnicos da Pamen dos núcleos de Mangabeira CESAC, Geisel CBJ, Centro da Pastoral Várzea Nova.
Com o tema “Partilhando e Fortalecendo Valores Entre Nós”, os participantes abordaram temáticas como Trabalho Infantil, Estatuto da Criança e do Adolescente, Abuso e Exploração Sexual. “Os familiares disseram ter gostado muito, que esperam ter outras oportunidades, mas sentiram a falta dos outros núcleos. Foi ótimo conhecer gente nova”, contou a coordenador de setor do Petir-Pamen, Socorro Belisário.

Trabalho infantil atinge treze setores no Brasil

Em um relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgado sexta-feira (11), o Brasil aparece com treze setores da economia em que há trabalho forçado e/ou infantil. O documento lista 122 produtos de 58 países cuja produção é realizada por meio de trabalho infantil, trabalho forçado ou ambos.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que não reconhece a legitimidade do relatório. Segundo o documento, no Brasil, há trabalho infantil na produção de tijolos, cerâmica, algodão, calçados, mandioca, abacaxi, arroz, sisal e tabaco. Nos setores de gado e carvão além de haver trabalho infantil, ele é forçado. Já nos setores de cana-de-açúcar e madeira, os americanos detectaram a presença de trabalho forçado de mão-de-obra adulta.
O Brasil é um dos países que têm mais produtos na lista, com treze bens, atrás apenas da Índia (19) e Mianmar (14), e empatado com Bangladesh. Atrás do Brasil estão a China (12), as Filipinas (12), a Argentina (11) e o México (11).

Fonte: Correio da Paraíba
12/09/2009

Desfazendo mitos: trabalhar afasta a criança das más companhias?

Entre os muitos mitos que contribuem para a naturalização do trabalho infantil no imaginário social está aquele que diz: "é melhor trabalhar que ficar na vadiagem, junto das más companhias". Mas a realidade dá provas de que a criança que trabalha está mais exposta à insegurança das ruas e, muitas vezes, às piores companhias, como mostra uma notícia de hoje do G1.

"Um sargento da Marinha, de 32 anos, que trabalha na clínica de dentistas do 1º Distrito Naval, foi preso na madrugada desta terça-feira (15), na Praça Mauá, no Centro do Rio, suspeito de ter tentado abusar sexualmente de uma menina de 8 anos. Antes de ser preso, ele foi espancado por moradores de um prédio invadido na Zona Portuária, vizinhos da criança. De acordo com testemunhas, o sargento estava no carro com a vítima.

O pai da vítima contou aos policiais que a menina vendia balas nos sinais de trânsito para ajudar na renda da família.

O sargento foi levado para a 6ª DP (Cidade Nova), onde se negou a dar qualquer declaração, dizendo que só falaria em juízo. De acordo com a polícia, o militar vai ser transferido para uma unidade prisional da Marinha. A pena, em caso de condenação, varia de 8 a 15 anos de prisão, segundo os policiais".

Do G1, no Rio com informações da TV Globo

Casa Pequeno Davi apresenta kit no Fepeti

O novo kit da Casa Pequeno Davi sobre Trabalho Infantil foi divulgado por Dimas Gomes, integrante da coordenação da entidade e do Petir, na última reunião do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente na Paraíba (Fepeti -PB).

O encontro aconteceu no dia 02 de setembro, na sala de reunião da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Federal da Paraíba (Prac-UFPB).

O objetivo do kit é mobilizar as famílias, discutir e trabalhar a temática em diversos espaços, oferecendo aos educadores uma gama maior de instrumentos para abordar o tema em roda de diálogo. O Kit é composto por jogos de trilhas, baner, cartazes, cartilha, documentário.

Petir marca presença no Grito dos Excluídos

"Vida em primeiro lugar: A força da transformação está na organização popular". Este foi o tema do 15º Grito dos Excluídos, realizado ontem. A mobilização contou com a participação de movimentos sociais e entidades da Capital. A Casa Pequeno Davi e a Pastoral do Menor representaram o Petir.
“O povo foi à rua participar da luta, na busca de realização de seus sonhos, sonhos de vida e liberdade! Vida acima de tudo. Vida da humanidade e do planeta, contra as forças de morte”, justificou a coordenadora de setor Socorro Belisário (Pamen/Petir).

GRITO DE INDIGNAÇÃO DAS VÍTIMAS DA

VIOLÊNCIA E DA IMPUNIDADE, DOS SEM TERRAS,

SEM MORADIAS, DOS POVOS INDÍGENAS

UM GRITO DE INDIGNAÇÃO

CONTRA O TRABALHO INFANTIL

25 anos da Pamen

Os 25 anos da Pastoral do Menor foram comemorados com uma celebração ecumênica (à esquerda), realizada no último dia 27, na Casa da Menina e do Menino de Bayeux. Crianças e adolescentes, além de seus respectivos familiares homenagearam as conquistas e lutas da entidade. Outra ação importante do mês de agosto, foi a assembléia de Fundação do Centro Educativo Santa Clara (CESAC - núcleo da Pastoral do Menor em Mangabeira), que aconteceu no dia 1º.

Crianças e adolescentes da Pamen

Assembléia de Fundação da CESAC

Casa Pequeno Davi lança kit contra o Trabalho Infantil

"Brincadeira é coisa de criança. Trabalho não". Este é o tema de um kit informativo/pedagógico sobre o trabalho infantil, lançado pela Casa Pequeno Davi, no último dia 13 de agosto. Elaborado com o apoio do Projeto Criança Esperança/Unesco, o kit contém cartaz, jogo pedagógico, banner, placa e uma cartilha sobre o tema. A iniciativa se soma a outras ações da Casa como as do Petir, cujo foco é a temática do Trabalho Infantil.

O lançamento contou com a presença de representantes de organizações não-governamentais, do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho (Fepeti), Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA-PB), Universidade Federal da Paraíba e da Promotora da Infância e Juventude, Soraya Escorel (abaixo).

Petir apresenta suas ações em evento da SEDH

O Projeto Erradicação do Trabalho Infantil em Rede (Petir) apresentou suas ações, ontem, em evento realizado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano (SEDH), realizado no auditório do Senac-PB. Também foram apresentados os projetos já desenvolvidos pela Fundac e os novos projetos aprovados pela Petrobras da Fundação Cuca, do Centro da Mulher 8 de Março e da própria SEDH.

Após à composição da mesa, as crianças do grupo de flauta doce da Casa Pequeno Davi representarem o Petir e encantaram os participantes com a execução de músicas regionais como "Asa Branca", de Luís Gonzaga.

Em seguida, foi apresentado o documentário "A que preço?", produzido pelo Petir. O vídeo, que tem duração de 12 minutos, aborda as marcas físicas e emocionais do Trabalho Infantil.

Compuseram a mesa do evento: a titular da SEDH, Giucélia Figueiredo; o representante da Petrobras, David Duarte; o presidente do CEDCA, Flávio Barros; a representante da Casa Pequeno Davi e coordenadora do Petir, Rose Veloso; o presidente da Fundac, pr. João xxxx; a representante do Centro da Mulher 8 de Março, Valquíria Alencar; e a representante da Fundação Cuca, Silvana Rodrigues.

Representantes das entidades parceiras do Petir (Casa Pequeno Davi, Pamen e ACNV) e o representante da Petrobras, David Duarte (último à direita). Em sua fala, Duarte destacou que, a importância da articulação entre as ongs, a iniciativa privada e os governos no combate ao Trabalho Infantil e a todas as outras formas violência contra a criança.

A equipe da ACNV...

... da Casa Pequeno Davi

... e da Pastoral do Menor

Petir II: Petrobras e SEDH assinam convênio na próxima terça

A Petrobras e a Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado Paraíba (SEDH), através do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), firmarão um novo contrato, na próxima terça-feira (31), que permitirá a continuidade do Projeto Erradicação do Trabalho Infantil em Rede (Petir).O evento acontecerá às 09h30, no auditório do Senac.

Além da segunda edição do Petir, a assinatura do convênio garantirá a continuidade de um projeto da Fundac, que contempla adolescentes em conflito com a Lei, e a criação de quatro novos projetos sobre: Exploração Sexual; Comunicação; Trabalho Infantil - dois novos projetos tratarão desta temática.

Comporão a mesa debatedora do evento: a titular da SEDH, Giucélia Figueiredo; o presidente do CEDCA, Flávio Barros; um representante da Petrobras; diretores das cinco instituições contempladas com os projetos; e um representante do Governo Estadual.

Entre as atrações culturais da programação, destaque para a apresentação do grupo da Flauta, da Casa Pequeno Davi, e do documentário "A que preço?", produzido pelo Petir, em 2008.