Wednesday, September 23, 2009

Números do trabalho infantil superam os de habitantes de 220 cidades paraibanas

Na Paraíba, o trabalho infantil ainda atinge 101 mil pessoas com idades entre 05 e 17 anos, ou seja, 10,98% de um total de 920 mil crianças e adolescentes que vivem no Estado já trabalham. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, divulgada na semana passada pelo IBGE. Para se ter uma idéia do que representa o atual universo do trabalho infantil no Estado, basta lembrar que o número (101 mil) supera a população estimada de 220 municípios paraibanos - 98,6% do total, exceto João Pessoa, Campina Grande e Santa Rita, que são as três cidades mais populosas do Estado.
Existem mais crianças e adolescentes trabalhando na Paraíba que o total de habitantes de cidades importantes do Estado como Patos (100.732 pessoas), Bayeux (96.198), Sousa (65.930), Cajazeiras (57.875) e Guarabira (56.136). Os números são da última estimativa populacional dos municípios brasileiros, publicada pelo IBGE em agosto deste ano.

Queda

Apesar de ainda ser alto, o número de crianças e adolescentes trabalhadores em 2008 caiu 6,48%, em relação ao ano anterior, quando havia 108 mil pessoas entre 05 e 17 anos nesta situação. A queda mais significativa foi registrada entre as meninas, que em 2007 eram 30 mil e no ano passado totalizaram 26 mil em todo o Estado, isto é, houve uma redução de 13,33%. As meninas correspondem a 25,74% do universo de crianças e adolescentes em situação de trabalho. Já o número de meninos trabalhadores caiu apenas 5,13%, passando de 78 mil para 74 mil e eles representam 73,27% do universo do trabalho infantil na Paraíba.
Também houve uma redução expressiva de 34,55% no número de crianças e adolescentes trabalhando na zona rural paraibana, que caiu de 55 mil para 36 mil. Isso significa que 35,64% das crianças e adolescentes que trabalham estão no campo, enquanto a maioria (64,36%) é da zona urbana.

Perfil da criança que trabalha na Paraíba:
Meninos, negros ou pardos, de famílias pobres, que trabalham nas cidades.

Thursday, September 17, 2009

Encontro reúne famílias e técnicos da Pamen

Promover o intercâmbio entre a equipe da Pastoral do Menor e os familiares das crianças e adolescentes atendidas nos núcleos. Este foi o objetivo de um encontro realizado, no último dia 11 de setembro, no Centro Comunitário Bom José. Participaram familiares, coordenadores e técnicos da Pamen dos núcleos de Mangabeira CESAC, Geisel CBJ, Centro da Pastoral Várzea Nova.
Com o tema “Partilhando e Fortalecendo Valores Entre Nós”, os participantes abordaram temáticas como Trabalho Infantil, Estatuto da Criança e do Adolescente, Abuso e Exploração Sexual. “Os familiares disseram ter gostado muito, que esperam ter outras oportunidades, mas sentiram a falta dos outros núcleos. Foi ótimo conhecer gente nova”, contou a coordenador de setor do Petir-Pamen, Socorro Belisário.

Tuesday, September 15, 2009

Trabalho infantil atinge treze setores no Brasil

Em um relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgado sexta-feira (11), o Brasil aparece com treze setores da economia em que há trabalho forçado e/ou infantil. O documento lista 122 produtos de 58 países cuja produção é realizada por meio de trabalho infantil, trabalho forçado ou ambos.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que não reconhece a legitimidade do relatório. Segundo o documento, no Brasil, há trabalho infantil na produção de tijolos, cerâmica, algodão, calçados, mandioca, abacaxi, arroz, sisal e tabaco. Nos setores de gado e carvão além de haver trabalho infantil, ele é forçado. Já nos setores de cana-de-açúcar e madeira, os americanos detectaram a presença de trabalho forçado de mão-de-obra adulta.
O Brasil é um dos países que têm mais produtos na lista, com treze bens, atrás apenas da Índia (19) e Mianmar (14), e empatado com Bangladesh. Atrás do Brasil estão a China (12), as Filipinas (12), a Argentina (11) e o México (11).

Fonte: Correio da Paraíba
12/09/2009

Desfazendo mitos: trabalhar afasta a criança das más companhias?

Entre os muitos mitos que contribuem para a naturalização do trabalho infantil no imaginário social está aquele que diz: "é melhor trabalhar que ficar na vadiagem, junto das más companhias". Mas a realidade dá provas de que a criança que trabalha está mais exposta à insegurança das ruas e, muitas vezes, às piores companhias, como mostra uma notícia de hoje do G1.

"Um sargento da Marinha, de 32 anos, que trabalha na clínica de dentistas do 1º Distrito Naval, foi preso na madrugada desta terça-feira (15), na Praça Mauá, no Centro do Rio, suspeito de ter tentado abusar sexualmente de uma menina de 8 anos. Antes de ser preso, ele foi espancado por moradores de um prédio invadido na Zona Portuária, vizinhos da criança. De acordo com testemunhas, o sargento estava no carro com a vítima.

O pai da vítima contou aos policiais que a menina vendia balas nos sinais de trânsito para ajudar na renda da família.
O sargento foi levado para a 6ª DP (Cidade Nova), onde se negou a dar qualquer declaração, dizendo que só falaria em juízo. De acordo com a polícia, o militar vai ser transferido para uma unidade prisional da Marinha. A pena, em caso de condenação, varia de 8 a 15 anos de prisão, segundo os policiais".
Do G1, no Rio com informações da TV Globo

Thursday, September 10, 2009

Casa Pequeno Davi apresenta kit no Fepeti


O novo kit da Casa Pequeno Davi sobre Trabalho Infantil foi divulgado por Dimas Gomes, integrante da coordenação da entidade e do Petir, na última reunião do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente na Paraíba (Fepeti -PB).

O encontro aconteceu no dia 02 de setembro, na sala de reunião da Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Federal da Paraíba (Prac-UFPB).

O objetivo do kit é mobilizar as famílias, discutir e trabalhar a temática em diversos espaços, oferecendo aos educadores uma gama maior de instrumentos para abordar o tema em roda de diálogo. O Kit é composto por jogos de trilhas, baner, cartazes, cartilha, documentário.

Friday, September 4, 2009

Petir marca presença no Grito dos Excluídos


"Vida em primeiro lugar: A força da transformação está na organização popular". Este foi o tema do 15º Grito dos Excluídos, realizado ontem. A mobilização contou com a participação de movimentos sociais e entidades da Capital. A Casa Pequeno Davi e a Pastoral do Menor representaram o Petir.
“O povo foi à rua participar da luta, na busca de realização de seus sonhos, sonhos de vida e liberdade! Vida acima de tudo. Vida da humanidade e do planeta, contra as forças de morte”, justificou a coordenadora de setor Socorro Belisário (Pamen/Petir).


GRITO DE INDIGNAÇÃO DAS VÍTIMAS DA

VIOLÊNCIA E DA IMPUNIDADE, DOS SEM TERRAS,

SEM MORADIAS, DOS POVOS INDÍGENAS

UM GRITO DE INDIGNAÇÃO
CONTRA O TRABALHO INFANTIL

Thursday, September 3, 2009

25 anos da Pamen

Os 25 anos da Pastoral do Menor foram comemorados com uma celebração ecumênica (à esquerda), realizada no último dia 27, na Casa da Menina e do Menino de Bayeux. Crianças e adolescentes, além de seus respectivos familiares homenagearam as conquistas e lutas da entidade. Outra ação importante do mês de agosto, foi a assembléia de Fundação do Centro Educativo Santa Clara (CESAC - núcleo da Pastoral do Menor em Mangabeira), que aconteceu no dia 1º.

Crianças e adolescentes da Pamen

Assembléia de Fundação da CESAC

Wednesday, September 2, 2009

Casa Pequeno Davi lança kit contra o Trabalho Infantil

"Brincadeira é coisa de criança. Trabalho não". Este é o tema de um kit informativo/pedagógico sobre o trabalho infantil, lançado pela Casa Pequeno Davi, no último dia 13 de agosto. Elaborado com o apoio do Projeto Criança Esperança/Unesco, o kit contém cartaz, jogo pedagógico, banner, placa e uma cartilha sobre o tema. A iniciativa se soma a outras ações da Casa como as do Petir, cujo foco é a temática do Trabalho Infantil.

O lançamento contou com a presença de representantes de organizações não-governamentais, do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho (Fepeti), Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA-PB), Universidade Federal da Paraíba e da Promotora da Infância e Juventude, Soraya Escorel (abaixo).